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A reabilitação urbana é uma peça-chave para revitalizar o património edificado e os centros urbanos em Portugal. Com instrumentos como o FNRE e o IFRRU 2020, surgem oportunidades concretas para transformar imóveis degradados em ativos valiosos. Neste artigo de As Tuas Ajudas, explicamos como aproveitar estes apoios.
Índice
O que é o FNRE?
O Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE) é um instrumento financeiro concebido para dinamizar a reabilitação de imóveis em Portugal. O propósito primordial é promover a recuperação de edifícios degradados para combater a desertificação dos centros urbanos e valorizar o património construído através de investimentos diretos e indiretos.
O objetivo do programa é ainda estimular o mercado imobiliário e o setor da construção civil, criando condições para que mais projetos de reabilitação se tornem viáveis no curto e no longo prazo. A sua atuação é estratégica para revitalizar áreas urbanas, melhorando a qualidade de vida e a atratividade das cidades portuguesas.
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A médio prazo, o FNRE pretende aumentar significativamente o número de imóveis reabilitados, focando-se na recuperação de edifícios com potencial de valorização e impacte urbanístico. Isso inclui a otimização de espaços e a melhoria das condições de habitabilidade e utilização.
A longo prazo, o Fundo ambiciona consolidar-se como um pilar na política de reabilitação urbana do país, contribuindo para a sustentabilidade da edificação. Visa a criação de um modelo de gestão de ativos digitalizado, que promova a eficiência na manutenção e a preservação do património.
Com base no “Guia FNRE – Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado”, e nas informações que pude extrair sobre a sua forma de atuação (foco em reabilitação, uso de BIM, gestão de ativos), os requisitos podem ser categorizados da seguinte forma:
Requisitos para o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado (FNRE)
Para que um imóvel ou projeto seja considerado para investimento e gestão pelo FNRE, é fundamental que se enquadre numa série de requisitos que visam garantir a viabilidade, a sustentabilidade e o alinhamento com os objetivos estratégicos do Fundo. Estes requisitos podem ser agrupados em critérios de elegibilidade do imóvel, qualidade da intervenção e integração tecnológica.
Requisitos de Elegibilidade do Imóvel e Projeto:
Estado de Degradação: O imóvel deve apresentar um nível de degradação que justifique uma intervenção de reabilitação profunda, com potencial para valorização significativa.
Potencial de Reabilitação: Deve existir uma clara viabilidade técnica e económica para a reabilitação do edifício, que garanta a sua recuperação estrutural, funcional e estética.
Localização: Embora o guia não defina restrições geográficas, a localização do imóvel será avaliada em termos do seu potencial de mercado e do impacto na revitalização urbana da área envolvente.
Conformidade Urbanística: O projeto de reabilitação deve estar conforme os planos diretores municipais e regulamentos urbanísticos aplicáveis, garantindo a sua legalidade e integração no tecido urbano.
Viabilidade Económica: O projeto deve demonstrar um modelo de negócio sustentável, com perspetivas de rentabilidade após a reabilitação, seja através de arrendamento, venda ou outra forma de exploração.
Requisitos de Qualidade da Intervenção e Sustentabilidade:
Qualidade da Reabilitação: A intervenção deve visar uma reabilitação de alta qualidade, que garanta a durabilidade do imóvel, a segurança estrutural e o conforto dos utilizadores.
Sustentabilidade e Eficiência Energética: Os projetos devem procurar integrar soluções que melhorem a eficiência energética e hídrica dos edifícios, contribuindo para a sustentabilidade ambiental. Embora o guia não detalhe requisitos específicos, a modernização implica o uso de boas práticas.
Preservação Patrimonial: Em casos de imóveis com valor histórico ou arquitetónico, a reabilitação deverá respeitar e valorizar as características patrimoniais, contribuindo para a sua preservação.
Requisitos Tecnológicos e de Gestão:
Implementação BIM: A utilização da metodologia Building Information Modeling (BIM) é um requisito essencial para a gestão e operação dos ativos reabilitados. O projeto deve prever a criação de um modelo digital detalhado do edifício.
Modelo As-Built e Compilação Técnica: A entrega de um modelo As-Built atualizado e uma compilação técnica integrada é crucial para a fase de gestão de instalações. Estes documentos devem ser rigorosamente verificados e corresponder à realidade da obra.
Informação Organizada e Classificada: A informação contida no modelo digital deve ser devidamente organizada e classificada, de modo a integrar-se no sistema de gestão de ativos digital do FNRE, permitindo uma gestão eficiente e a longo prazo do património.
Consideração das Necessidades de Gestão de Ativos: O modelo de informação a produzir deve considerar as necessidades de informação da gestão de ativos do FNRE, promovendo a visão de digitalização futura e a constituição de um cadastro digital das construções.
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O IFRRU 2020 apoia financeiramente intervenções de reabilitação urbana e de eficiência energética, considerando elegíveis diversas despesas técnicas, operacionais e estruturais, desde que diretamente ligadas ao projeto e conformes com os critérios definidos no Guia do Beneficiário.
Despesas Elegíveis – Reabilitação Urbana
Trabalhos de construção civil e engenharia
Estudos, planos, projetos e assessorias técnicas
Estudos de viabilidade financeira
Aquisição de equipamentos essenciais à reabilitação (ex: elevadores, AVAC)
Fiscalização, coordenação de segurança e assistência técnica
Embora não seja especificado, a ênfase na "preservação do património" e na "reabilitação" sugere que o FNRE pode atuar em edifícios com valor histórico. A recuperação destas estruturas é crucial para manter a identidade cultural e arquitetónica das cidades.
🏝 Como é que o FNRE rentabiliza os imóveis?
O FNRE rentabiliza os imóveis através de um modelo de negócio de investimento. Adquire, reabilita e, posteriormente, gere ou vende os ativos. A valorização pós-reabilitação é a chave para o retorno do investimento e a sustentabilidade financeira do Fundo.
❓ Como é que FNRE assegura a qualidade pós-reabilitação?
A qualidade pós-reabilitação é assegurada através da utilização do modelo digital, com requisitos devidamente definidos e cumpridos. O modelo As-Built é cuidadosamente verificado e a informação é organizada para uma gestão eficiente de instalações e manutenção contínua.
💡 Que tipo de obras são apoiadas perlo FNRE?
São apoiadas obras de reabilitação profunda que garantam a recuperação estrutural, funcional e estética do edifício. A intervenção deve dar ênfase à durabilidade do imóvel, à segurança estrutural e ao conforto dos utilizadores, melhorando a sua habitabilidade.
🤓 O FNRE tem o foco na otimização de espaços?
Sim, o FNRE também se foca na otimização de espaços, visando a melhoria das condições de habitabilidade e utilização dos imóveis reabilitados. Esta otimização contribui para a valorização e para a funcionalidade dos edifícios no longo prazo.
🔎 O FNRE obriga à implementação do BIM?
Sim, a utilização da metodologia Building Information Modeling (BIM) é um requisito essencial. É fundamental para a gestão e operação dos ativos reabilitados, permitindo a criação de um modelo digital detalhado do edifício para otimizar processos.
Sou António Pereira, especialista em ajudas financeiras, IRS e apoios sociais. Escrevo para quem precisa de orientação prática sobre benefícios e soluções económicas. Alguma dúvida podem-me perguntar diretamente em antonio.pereira@selectra.info .