Habitação acessível em Portugal: onde encontrar preços mais baixos?

1 Dezembro 2025 por Sofia Severino - 9 minutos de leitura

Vista de casas e apartamentos em Portugal, representando regiões onde é possível encontrar habitação acessível para arrendar ou compraA procura por habitação acessível em Portugal continua a aumentar. Entre 2024 e 2026, os preços do arrendamento e da compra de casa devem manter-se elevados nas grandes cidades, mas existem várias regiões onde ainda é possível encontrar casas com valores compatíveis com o rendimento médio português. Muitos leitores chegam ao As tuas ajudas para perceber quais as zonas onde o custo da habitação é mais baixo, como identificar oportunidades reais e que apoios públicos podem ajudar a reduzir a despesa mensal.

O contexto atual: evolução dos preços até 2026

Os valores da habitação em Portugal registaram um aumento superior a 80% na última década, segundo o INE. Em 2024, as projeções oficiais apontam para uma estabilização apenas gradual dos preços, mas sem quedas relevantes até pelo menos 2026. As principais razões são conhecidas:

  • Oferta limitada nos centros urbanos.
  • Procura crescente de residentes estrangeiros.
  • Atrasos estruturais na construção nova.
  • Menor rotatividade no mercado de arrendamento.
  • Aumento da procura por parte de jovens e famílias em mobilidade laboral.

Apesar deste cenário, existem regiões onde os preços permanecem relativamente estáveis e onde ainda se encontram oportunidades consideradas acessíveis na prática.

1. Regiões com arrendamento mais acessível em Portugal

Antes de identificar os melhores concelhos, é importante referir que “acessível” não significa o mesmo para todos. O valor aceitável depende do rendimento do agregado, das despesas fixas e da relação custo-benefício da zona onde se vive.

Antes de identificar os melhores concelhos, é importante referir que “acessível” não significa o mesmo para todos. O valor aceitável depende do rendimento do agregado, das despesas fixas e da relação custo-benefício da zona onde se vive.Como regra geral, considera-se sustentável que a renda não ultrapasse 30% do rendimento líquido mensal do agregado familiar. Acima deste valor, o esforço financeiro pode comprometer outras áreas essenciais como alimentação, saúde, transportes e poupança.

As regiões mais acessíveis correspondem, na maioria dos casos, ao interior do país e às periferias das grandes cidades que não sofrem tanta pressão turística ou empresarial.Norte: A Área Metropolitana do Porto regista valores elevados, mas vários concelhos periféricos continuam com preços muito inferiores.

Conselhos onde as rendas permanecem mais baixas:

  • Gondomar
  • Valongo
  • Santo Tirso
  • Penafiel
  • Paredes

Nestes municípios, ainda é possível encontrar T1 entre 450 e 650 euros e T2 entre 550 e 800 euros, dependendo da localização e do estado do imóvel.

Valores de referência (2024/2025):

Gondomar
Localizado a leste do Porto, beneficia da proximidade à cidade e de ligações rápidas através do Metro do Porto. As zonas de Rio Tinto e São Pedro da Cova são especialmente procuradas por famílias jovens.

Valongo
Com ligação direta ao Porto através do metro, Valongo combina acessibilidade com preços competitivos. As freguesias de Ermesinde e Alfena destacam-se pela oferta de comércio local e serviços.

Santo Tirso
Mais afastado, mas bem servido por autoestradas (A3 e A7), Santo Tirso oferece um ambiente mais tranquilo e familiar, ideal para quem trabalha remotamente ou não necessita de deslocações diárias ao centro do Porto.

Penafiel
Situado no limite da área metropolitana, apresenta valores ainda mais baixos. A linha ferroviária do Douro assegura ligação ao Porto, embora com maior tempo de viagem.

Paredes
Com boa rede de transportes públicos e proximidade à A4, Paredes é uma escolha crescente para famílias q

Nestes municípios, ainda é possível encontrar:

  • T1: entre 450€ e 650€
  • T2: entre 550€ e 800€
  • T3: entre 650€ e 950€

Os valores variam consoante a localização específica (centro da vila vs. periferia), o estado de conservação do imóvel, a proximidade a estações de metro ou comboio, e a existência de lugares de estacionamento.

Centro: A região Centro apresenta uma maior variedade de preços acessíveis, sobretudo em cidades médias e concelhos do interior.

Zonas mais económicas:

  • Castelo Branco
  • Covilhã
  • Guarda
  • Aveiro (periferias)
  • Leiria

Os T1 podem variar entre 350 e 500 euros, com valores mais baixos fora das capitais de distrito.

Alentejo:O Alentejo mantém-se como uma das regiões com melhor relação qualidade-preço no país. A pressão turística é menor e muitos municípios têm programas de incentivo ao arrendamento jovem.

Locais com maior acessibilidade:

  • Beja
  • Évora (sobretudo fora do centro histórico)
  • Portalegre

As rendas são consistentes e, muitas vezes, negociáveis, especialmente para contratos de longa duração.

Algarve (interior):Embora o litoral algarvio apresente preços elevados, é importante destacar que o interior da região permanece bastante acessível.

Zonas menos pressionadas:

  • Monchique
  • São Brás de Alportel
  • Alcoutim

Estas áreas são particularmente atrativas para quem trabalha remotamente ou valoriza a tranquilidade.

Lisboa e periferia:A Área Metropolitana de Lisboa é a região mais desafiante em termos de preços, mas existem concelhos onde ainda é possível arrendar a valores relativamente moderados.

Concelhos com valores abaixo da média:

  • Montijo
  • Moita
  • Barreiro
  • Vila Franca de Xira
  • Almada (zonas afastadas do centro

Aqui, um T1 pode rondar os 650 a 850 euros, valores ainda consideravelmente abaixo dos praticados em Lisboa, Oeiras ou Cascais.

Não esperes mais! Usa o nosso simulador gratuito e descobre todos os apoios e formas de poupar nas tuas faturas de energia. É rápido, simples e pode fazer-te poupar centenas de euros por ano!
Simular as minhas ajudas gratuitamente

2. Onde é mais barato comprar casa (2024–2026)

Entre 2024 e 2026, espera-se que o preço da compra de casa continue a subir ligeiramente nas zonas urbanas, mas várias regiões do interior mantêm valores bastante baixos por metro quadrado. Para quem pretende comprar com recurso a crédito ou usar apoios como Porta 65+, existem concelhos em que a aquisição é financeiramente vantajosa.

Norte e Centro Interior

  • Fundão
  • Covilhã
  • Castelo Branco
  • Guarda
  • Viseu (periferias)

Nestes locais, ainda é possível encontrar apartamentos desde 55.000 euros e moradias entre 70.000 e 120.000 euros.

Alentejo Interior

  • Moura
  • Serpa
  • Elvas
  • Beja

O preço por metro quadrado permanece um dos mais baixos do país, ideal para famílias que procuram espaço e custos de vida reduzidos.

Regiões costeiras acessíveis (2024–2026)

  • Figueira da Foz (exceto centro)
  • Marinha Grande
  • Caldas da Rainha

Estas cidades equilibram serviços, emprego e acessibilidade, atraindo jovens casais e trabalhadores em mobilidade.

Atenção
Preços baixos podem incluir limitações importantes

Encontrar uma renda baixa não significa necessariamente que o negócio é vantajoso. Em muitas zonas acessíveis, os imóveis podem apresentar limitações que devem ser avaliadas cuidadosamente:

  • Necessidade de obras ou manutenção estrutural.
  • Ausência de isolamento térmico, com impacto em despesas de climatização.
  • Transportes públicos limitados.
  • Maior distância ao local de trabalho.
  • Menor oferta comercial e de serviços.

Por isso, é fundamental analisar o custo total associado a viver numa determinada zona, e não apenas o preço da renda ou da prestação.

3. Como encontrar casas acessíveis de forma mais eficiente

O mercado imobiliário muda diariamente e as oportunidades desaparecem rapidamente. Ter uma estratégia clara é essencial para garantir que não perdes opções boas e realmente acessíveis.

Estratégias eficazes:

  • Ativar alertas nos principais portais imobiliários (Idealista, Imovirtual, Casa Sapo).
  • Contactar diretamente imobiliárias locais, que muitas vezes têm casas que não chegam às plataformas.
  • Verificar regularmente programas municipais de arrendamento acessível.
  • Avaliar os imóveis com base no preço por metro quadrado.
  • Procurar habitação entre outubro e março, meses com menor procura.
Importante
Apoios públicos disponíveis até 2026.O Governo e vários municípios continuarão a disponibilizar apoios relevantes para arrendamento e aquisição de habitação.

Principais programas:

  • Porta 65 Jovem.
  • Programa de Arrendamento Acessível.
  • Incentivos municipais ao IMI.
  • Apoios para estudantes deslocados.
  • Programas de Reabilitação Urbana.

Para verificar se tens direito a algum destes apoios, utiliza o simulador gratuito do As tuas ajudas:
https://as-tuas-ajudas.pt/simulador

Dica: segue a regra dos 30% do rendimento

Uma orientação amplamente utilizada é garantir que a renda não ultrapassa 30% do rendimento líquido mensal do agregado. Esta métrica permite perceber rapidamente se determinada casa é financeiramente sustentável.

Exemplo:Rendimento líquido do agregado: 1.400 euros
Renda recomendada: até 420 euros
Não esperes mais! Usa o nosso simulador gratuito e descobre todos os apoios e formas de poupar nas tuas faturas de energia. É rápido, simples e pode fazer-te poupar centenas de euros por ano!
Simular as minhas ajudas gratuitamente
Exemplo prático: um jovem casal à procura de casa.Consideremos um casal com dois rendimentos líquidos: 1.100 euros e 1.200 euros. Segundo a regra dos 30%, o orçamento máximo para renda ronda 690 euros.

Com este limite, torna-se difícil encontrar casa em Lisboa, Cascais, Porto ou Faro. Contudo, é possível arrendar com qualidade em municípios como:

  • Barreiro
  • Montijo
  • Leiria
  • Viseu
  • Braga (periferias)
  • Castelo Branco

Estes concelhos garantem melhor relação entre custo e qualidade de vida.

Diferenças entre zonas urbanas, suburbanas e rurais.

Zonas urbanas
Mais oferta laboral, melhores transportes, mas preços elevados e elevada procura.

Zonas suburbanas
Preços intermédios e boa ligação às cidades, com maior necessidade de deslocações.

Zonas rurais
Qualidade de vida tranquila, preços reduzidos, mas menor oferta de serviços e emprego local.

A escolha entre viver numa zona urbana, suburbana ou rural depende das suas prioridades pessoais e profissionais. As zonas urbanas oferecem oportunidades e conveniência a preços elevados; as suburbanas representam o compromisso mais equilibrado entre acessibilidade e qualidade de vida; e as rurais destacam-se pela tranquilidade e economia, exigindo maior autonomia.

Portugal oferece grande diversidade de opções habitacionais, desde as zonas mais caras das grandes cidades até ao interior profundo com valores muito reduzidos. Com planeamento, pesquisa e alguma flexibilidade, é possível encontrar soluções acessíveis mesmo num mercado pressionado, especialmente se estiver disposto a considerar zonas periféricas ou menos óbvias que mantêm boa relação qualidade-preço.

Sou gestora de projetos com interesse em negócios internacionais, focada em otimizar processos, coordenar equipas multidisciplinares e entregar resultados com impacto. Para parcerias ou contactos profissionais, envie um e-mail para: sofia.severino@selectra.info


Fai una domanda al nostro esperto

O nosso algoritmo calcula quais são as ajudas que podes solicitar

Simular as minhas ajudas grátis agora