Taxa de esforço: o que é e como calcular

21 Fevereiro 2024 por Bernardo - 4 minutos de leitura

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Dados financeiros
A taxa de esforço, revela a parcela do rendimento familiar destinada ao pagamento de créditos. Expressa em percentagem, desempenha um papel crucial na avaliação da capacidade do orçamento familiar em suportar as mensalidades dos empréstimos. Hoje, em As Tuas Ajudas, vamos explorar tudo sobre o que é a esta taxa, como calculá-la e a sua importância no planeamento financeiro.

O que é a taxa de esforço?

A taxa de esforço, expressa em percentagem, revela a proporção do rendimento familiar destinada ao pagamento de créditos. Essa métrica vital avalia a capacidade do orçamento familiar de suportar as mensalidades dos empréstimos. O cálculo dos juros e prestações pelo banco é influenciado por essa taxa, sendo aconselhável que não ultrapasse os 35%, conforme as recomendações do Banco de Portugal. Importante notar que, ao calcular a taxa, considera-se um nível adicional de stress, atualmente fixado em 3%. Essa abordagem cautelosa visa garantir a sustentabilidade financeira das famílias face a encargos de crédito.

Como calcular a taxa de esforço?

Calcular a taxa de esforço não requer uma fórmula complexa, mas esclareceremos a equação. A fórmula básica é:

Taxa de esforço = (Montante total de prestações financeiras / rendimento mensal líquido do agregado familiar) x 100

Suponhamos um agregado familiar com um rendimento mensal líquido de 3.000 euros. Se o total das prestações financeiras, como crédito, habitação e outros, for 690 euros, a taxa seria de 23%:

  • Taxa de esforço = (690 euros / 3.000 euros) x 100 = 23%

Vamos agora considerar um casal com um rendimento líquido mensal de 2.500 euros, sem outros créditos existentes. Se decidirem contrair um crédito à habitação com uma prestação mensal de 1.450 euros, a taxa seria calculada da seguinte forma:

  • Taxa de esforço = (1.450 euros / 2.500 euros) x 100 = 58%

Com uma taxa de 58%, o casal estaria a comprometer mais da metade do seu rendimento mensal para o pagamento do crédito à habitação. Essa elevada percentagem pode dificultar a aprovação do empréstimo desejado, uma vez que sugere um comprometimento financeiro significativo e pode levantar preocupações sobre a capacidade de lidar com outros custos e despesas do quotidiano. É importante considerar cuidadosamente a taxa ao planear um empréstimo para garantir uma gestão financeira sustentável.

Existe uma taxa máxima?Carteira física

A taxa de esforço, que representa a percentagem do rendimento destinada ao pagamento de prestações de crédito, é crucial para entender o impacto financeiro no orçamento familiar. O equilíbrio surge quando esse encargo é sustentável, permitindo espaço para outras despesas e algum alívio financeiro.

Idealmente, a taxa de esforço dos empréstimos não deve ultrapassar um terço do rendimento líquido do agregado familiar, preferencialmente ficando abaixo dos 50%, conforme sugerido pelo Banco de Portugal. Contudo, cada família é única, e uma taxa de 40%, por exemplo, pode ser suportável para um agregado com maior rendimento.

É crucial adaptar a taxa às características específicas do agregado, considerando possíveis variações, como desemprego ou alterações nas taxas de juro em empréstimos variáveis. O objetivo é garantir compromissos financeiros, lidar com imprevistos e ainda permitir poupanças.

Atenção
Os indivíduos com taxa de esforço superior a 35% recebem um apoio direto do Estado, o subsídio de renda.

O que podemos fazer para reduzir esta percentagem?

Quando a taxa de esforço é substancialmente elevada, uma grande parte do rendimento do agregado é alocada para o pagamento de prestações de empréstimos bancários.

Convém ter em conta que, para além do salário de cada um, outros rendimentos, como pensões de invalidez ou viuvez, abonos de família e até mesmo outros trabalhos (desde que a pessoa faça os devidos descontos) são contemplados como rendimentos e serão tidos em conta no cálculo desta percentagem.

Caso a taxa para crédito habitação seja muito elevada, sugerimos que tente renegociar o crédito. Desta forma, poderás obter melhores condições e reduzir a sua taxa ao alargar o prazo de pagamento. Por outro lado, poderá optar por transferir o teu empréstimo, outra opção bastante comum para quem paga prestações da casa, para encontrar melhores condições de financiamento noutra instituição.

Se tiver diversos empréstimos, aconselhamos ainda a consolidar todos num só. Pode assim alargar o prazo de pagamento ou até reduzir a taxa de juro e ficará a pagar apenas uma prestação mensal, o que contribuirá para melhorar a sua taxa. Consequentemente, ganhará mais flexibilidade na gestão do seu orçamento familiar.

Outras perguntas frequentes

É um entusiasta de finanças e investimentos, dedicado a tornar o mundo das finanças pessoais mais acessível a todos. Com uma paixão por educação financeira, o Bernardo partilha o seu conhecimento para ajudar as pessoas a alcançar independência financeira e a concretizar os seus objetivos pessoais.

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