📅 Os contratos temporários podem ser renovados?
Sim, mas apenas uma vez e mediante prova de necessidade temporária. No total, não devem ultrapassar 24 meses.
O acesso à habitação digna e segura continua a ser uma preocupação de muitas famílias portuguesas. As novas regras do alojamento temporário vieram alterar significativamente os direitos e deveres tanto de inquilinos como de senhorios. Se é proprietário de uma casa, se procura arrendar um quarto ou apartamento temporário, ou se tem familiares nesta situação, este guia foi feito a pensar em si. As Tuas Ajudas explica tudo de forma clara e simples: o que mudou na lei, quem tem direito a este tipo de alojamento, que documentos são necessários e como se proteger de situações abusivas.Índice
Nos últimos anos, muitas pessoas foram prejudicadas por contratos de arrendamento pouco claros, sem proteção legal adequada. Estudantes, trabalhadores e famílias pagavam rendas elevadas por quartos e casas sem condições, muitas vezes sem contrato escrito.
Para acabar com estas situações, o Estado português aprovou novas regras para o alojamento temporário, que entraram em vigor recentemente. Estas mudanças visam proteger inquilinos contra abusos e contratos precários, dar maior segurança aos proprietários que cumprem a lei, clarificar as regras para evitar confusões e litígios, e garantir condições mínimas de habitabilidade em todos os alojamentos.Esta legislação aplica-se em todo o território nacional e é fiscalizada pelas autoridades competentes.
O alojamento temporário é diferente de um arrendamento normal ou de alojamento local (tipo Airbnb). Destina-se a situações não permanentes, como estudantes que vêm estudar para outra cidade, trabalhadores deslocados temporariamente para um novo local de trabalho, famílias em transição entre duas casas (por exemplo, durante obras ou mudança), situações de emergência habitacional ou pessoas em programas de apoio social temporário.
Esta é uma das alterações mais importantes da nova lei:
Todos os contratos de alojamento temporário devem ser feitos por escrito e incluir obrigatoriamente:
O alojamento temporário deve garantir condições dignas e seguras, incluindo ventilação adequada através de janelas que abrem, segurança com portas e fechaduras em bom estado, casa de banho com sanita, lavatório e duche ou banheira, acesso a água potável, instalação elétrica segura e funcional, espaço suficiente e adequado ao número de ocupantes, e aquecimento adequado especialmente no inverno.Registo e Declaração às Finanças: Os senhorios devem registar o contrato nas Finanças, emitir recibos de renda todos os meses e declarar os rendimentos obtidos no IRS. O incumprimento destas obrigações pode resultar em coimas elevadas.
As novas regras reforçam significativamente os direitos de quem arrenda alojamento temporário:
Direito a Recibos e Comprovativos
O senhorio é obrigado a passar recibo de todas as rendas pagas. Este recibo deve indicar:
Guarde sempre os recibos são essenciais para:
Durante a vigência do contrato, o senhorio não pode aumentar a renda. Na renovação, qualquer aumento está limitado pelos valores máximos estabelecidos por lei.
Se o senhorio tentar aumentar a renda de forma ilegal, pode:
Este tipo de alojamento continua disponível para várias situações, desde que o motivo seja comprovadamente temporário:
Se estuda noutra cidade, pode arrendar alojamento temporário. Deve apresentar:
Para quem trabalha temporariamente noutra região. Necessário:
Se está entre duas casas (obras, venda, mudança), pode precisar de alojamento temporário. Pode apresentar:
Em casos de emergência habitacional, violência doméstica ou outras situações urgentes, existem programas públicos de alojamento temporário. Contacte:
Uma das questões que mais preocupa as famílias portuguesas é o preço das rendas. As novas regras tentam proteger os inquilinos de abusos:Proibição de Aumentos Durante o Contrato:O valor acordado no contrato não pode ser alterado até ao fim do prazo inicial. Isto dá segurança às famílias para planear o orçamento.
Se o contrato for renovado, o aumento máximo permitido está limitado por lei. Normalmente, não pode ultrapassar:
Se o senhorio pedir um aumento superior, pode recusar e denunciar a situação.
Muitas famílias não sabem que podem ter direito a apoios públicos para pagar a renda:
Para formalizar um contrato de alojamento temporário, vai precisar de:
Documentos básicos:
Comprovativos da situação temporária:
Comprovativos de rendimentos (quando pedido):
As novas regras do alojamento temporário vieram dar maior proteção a inquilinos e senhorios. Exija sempre contrato escrito, guarde todos os recibos e verifique se tem direito a apoios sociais. Se tiver dúvidas ou problemas, contacte a Segurança Social, o Portal da Habitação ou uma associação de defesa do consumidor. Conhecer os seus direitos é essencial para garantir uma habitação digna e segura.
Sim, mas apenas uma vez e mediante prova de necessidade temporária. No total, não devem ultrapassar 24 meses.
Sim, dependendo da situação. Programas públicos podem considerar contratos temporários como válidos desde que exista contrato escrito.
As regras são supervisionadas por entidades públicas como o Portal da Habitação, Segurança Social, Autoridade Tributária e municípios.
Não. O alojamento temporário destina-se a necessidades habitacionais e segue regras próprias.
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