Banco de Portugal recomenda ter dinheiro físico em casa

19 Novembro 2025 por Sofia Severino - 6 minutos de leitura

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Uma carteira com notas de euro e moedas sobre uma mesa, simbolizando a recomendação do Banco de Portugal para manter algum dinheiro físico em casa em caso de crise.O Banco de Portugal (BdP) juntou-se recentemente a outros bancos centrais europeus ao recomendar que os cidadãos tenham algum dinheiro físico guardado em casa. A instituição sublinha que esta prática pode ser fundamental em momentos de crise, como o apagão nacional que ocorreu a 28 de abril, quando milhares de caixas automáticas e terminais de pagamento ficaram inoperacionais.A  As tuas ajudas explica neste artigo por que razão o BdP emitiu este alerta, quanto dinheiro deve ter disponível e quais as vantagens práticas de manter algum numerário em segurança.

Porque é que o Banco de Portugal faz esta recomendação?

Segundo o boletim publicado pelo BdP no final de outubro, “o dinheiro físico não é apenas um meio de pagamento, é também um recurso estratégico para a continuidade operacional”. O documento acrescenta que “atua como uma rede de segurança, assegurando que a economia continua a funcionar mesmo quando a tecnologia falha.”

Durante o apagão de abril, tanto o número de levantamentos como os montantes retirados aumentaram significativamente. Muitos consumidores decidiram fazer levantamentos extraordinários, seja para compensar operações falhadas, seja por precaução após as notícias que enfatizavam a utilidade do dinheiro vivo em situações de emergência.


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Estes comportamentos demonstram que, apesar do crescimento dos pagamentos digitais, o dinheiro físico continua a ter um papel essencial na estabilidade do sistema económico. Ele permite que as pessoas mantenham acesso a bens e serviços básicos, alimentação, transportes, medicamentos mesmo quando os meios eletrónicos deixam de funcionar temporariamente.

Quanto dinheiro deve ter em casa?

O Banco de Portugal não define um valor exato, mas reforça que é prudente ter algum numerário disponível. A recomendação mais comum entre as autoridades europeias é de 70 euros por adulto e 30 euros por criança, o suficiente para cobrir necessidades básicas durante cerca de 72 horas.

Esta sugestão tem origem num estudo do Banco Central Europeu (BCE), intitulado “Keep Calm and Carry Cash”, que conclui que a utilidade do dinheiro físico aumenta quando a estabilidade é ameaçada. O documento defende que o numerário deve ser considerado parte da preparação nacional para crises, a par da água, alimentação e energia.

Antes de decidir quanto dinheiro manter, é importante considerar o tamanho da família, o custo médio das despesas essenciais e o acesso a serviços financeiros locais. Assim, cada agregado pode adaptar a recomendação à sua realidade.

Um exemplo uma família composta por dois adultos e duas crianças pode optar por guardar cerca de 200 euros em notas pequenas, de forma segura e discreta.

O que diz o Banco Central Europeu

De acordo com o BCE, vários países europeus, como os Países Baixos, Áustria e Finlândia, recomendam a manutenção de pequenas reservas de numerário para fazer face a situações de emergência. Estas reservas devem permitir que cada pessoa consiga sustentar as suas despesas essenciais durante, pelo menos, três dias consecutivos.

O estudo do BCE também destaca que “a utilidade do dinheiro físico intensifica-se quando a estabilidade é ameaçada”. Isto significa que, quanto maior o risco de interrupção tecnológica, maior a importância de ter uma alternativa simples, tangível e independente do sistema digital.

Assim, o dinheiro vivo continua a ser um instrumento de resiliência económica e social, garantindo que mesmo em momentos de instabilidade o comércio e o consumo não param totalmente.

Segurança e bom senso
notas de euro e moedas sobre uma mesa, simbolizando a recomendação do Banco de Portugal para manter algum dinheiro físico em casa em caso de crise.

Ter dinheiro físico em casa pode ser útil, mas requer responsabilidade e precaução. Guardar pequenas quantias é razoável; acumular valores elevados, não. A Polícia de Segurança Pública (PSP) e o Banco de Portugal recomendam algumas boas práticas.

Antes de abordar as dicas, é essencial compreender o equilíbrio entre conveniência e risco. O dinheiro físico não deve ser visto como investimento, mas sim como reserva de emergência temporária um recurso destinado apenas a situações excecionais. Deve ser guardado de modo discreto, protegido contra furtos e incêndios, e apenas acedido quando necessário.

Dica
Ter notas de 5, 10 e 20 euros facilita pagamentos em caso de crise, quando pode ser difícil encontrar troco. Além disso, evita o desconforto de depender da boa vontade de comerciantes ou vizinhos em situações de emergência.

Esta medida simples pode fazer uma grande diferença. Em muitos apagões ou falhas de rede, os comerciantes que continuaram a vender produtos básicos preferiram pagamentos em dinheiro e notas pequenas, precisamente porque não conseguiam dar troco adequado.

A tendência europeia de voltar ao dinheiro vivo

Apesar do crescimento dos pagamentos digitais e das carteiras eletrónicas, o uso do dinheiro físico ainda é predominante em grande parte da Europa. De acordo com o BCE, quase 60% dos europeus continuam a usar numerário diariamente, sobretudo em compras de pequeno valor.

Importante
Este comportamento reflete não apenas uma preferência cultural, mas também uma perceção de segurança: o dinheiro vivo não depende de sistemas informáticos nem de energia elétrica. Países como a Alemanha e a Áustria reforçaram recentemente políticas de proteção ao numerário, reconhecendo-o como parte essencial da infraestrutura económica nacional.

Guardar uma pequena quantia em casa pode parecer um hábito antigo, mas continua a ter várias vantagens práticas no contexto atual. Em situações imprevistas, desde falhas de rede a greves bancárias, ter numerário pode ser a diferença entre agir com tranquilidade ou enfrentar limitações súbitas.Além de servir como reserva de emergência, o dinheiro físico ajuda a manter a noção real das despesas e a fomentar um maior controlo financeiro pessoal. Também promove a inclusão, beneficiando pessoas idosas ou com acesso limitado a tecnologia.

Atenção:o dinheiro em casa não substitui uma boa gestão financeira

O Banco de Portugal é claro ao afirmar que esta medida não substitui a poupança bancária. As poupanças de médio e longo prazo devem permanecer em contas protegidas pelo Fundo de Garantia de Depósitos, que cobre até 100.000 euros por titular e instituição.

Ter dinheiro físico é uma complementaridade, não uma alternativa. Serve para garantir liquidez imediata em situações pontuais, mas não dispensa o planeamento financeiro, o controlo de despesas e o investimento responsável.

Outras perguntas frequentes

Sou gestora de projetos com interesse em negócios internacionais, focada em otimizar processos, coordenar equipas multidisciplinares e entregar resultados com impacto. Para parcerias ou contactos profissionais, envie um e-mail para: sofia.severino@selectra.info


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