❓ É obrigatório ter dinheiro físico em casa?
Não. É apenas uma recomendação de prudência do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu, destinada a garantir segurança em situações de crise.
O Banco de Portugal (BdP) juntou-se recentemente a outros bancos centrais europeus ao recomendar que os cidadãos tenham algum dinheiro físico guardado em casa. A instituição sublinha que esta prática pode ser fundamental em momentos de crise, como o apagão nacional que ocorreu a 28 de abril, quando milhares de caixas automáticas e terminais de pagamento ficaram inoperacionais.A As tuas ajudas explica neste artigo por que razão o BdP emitiu este alerta, quanto dinheiro deve ter disponível e quais as vantagens práticas de manter algum numerário em segurança.Índice
Segundo o boletim publicado pelo BdP no final de outubro, “o dinheiro físico não é apenas um meio de pagamento, é também um recurso estratégico para a continuidade operacional”. O documento acrescenta que “atua como uma rede de segurança, assegurando que a economia continua a funcionar mesmo quando a tecnologia falha.”
Durante o apagão de abril, tanto o número de levantamentos como os montantes retirados aumentaram significativamente. Muitos consumidores decidiram fazer levantamentos extraordinários, seja para compensar operações falhadas, seja por precaução após as notícias que enfatizavam a utilidade do dinheiro vivo em situações de emergência.
Estes comportamentos demonstram que, apesar do crescimento dos pagamentos digitais, o dinheiro físico continua a ter um papel essencial na estabilidade do sistema económico. Ele permite que as pessoas mantenham acesso a bens e serviços básicos, alimentação, transportes, medicamentos mesmo quando os meios eletrónicos deixam de funcionar temporariamente.
O Banco de Portugal não define um valor exato, mas reforça que é prudente ter algum numerário disponível. A recomendação mais comum entre as autoridades europeias é de 70 euros por adulto e 30 euros por criança, o suficiente para cobrir necessidades básicas durante cerca de 72 horas.
Esta sugestão tem origem num estudo do Banco Central Europeu (BCE), intitulado “Keep Calm and Carry Cash”, que conclui que a utilidade do dinheiro físico aumenta quando a estabilidade é ameaçada. O documento defende que o numerário deve ser considerado parte da preparação nacional para crises, a par da água, alimentação e energia.
Antes de decidir quanto dinheiro manter, é importante considerar o tamanho da família, o custo médio das despesas essenciais e o acesso a serviços financeiros locais. Assim, cada agregado pode adaptar a recomendação à sua realidade.
De acordo com o BCE, vários países europeus, como os Países Baixos, Áustria e Finlândia, recomendam a manutenção de pequenas reservas de numerário para fazer face a situações de emergência. Estas reservas devem permitir que cada pessoa consiga sustentar as suas despesas essenciais durante, pelo menos, três dias consecutivos.
O estudo do BCE também destaca que “a utilidade do dinheiro físico intensifica-se quando a estabilidade é ameaçada”. Isto significa que, quanto maior o risco de interrupção tecnológica, maior a importância de ter uma alternativa simples, tangível e independente do sistema digital.
Assim, o dinheiro vivo continua a ser um instrumento de resiliência económica e social, garantindo que mesmo em momentos de instabilidade o comércio e o consumo não param totalmente.

Ter dinheiro físico em casa pode ser útil, mas requer responsabilidade e precaução. Guardar pequenas quantias é razoável; acumular valores elevados, não. A Polícia de Segurança Pública (PSP) e o Banco de Portugal recomendam algumas boas práticas.
Antes de abordar as dicas, é essencial compreender o equilíbrio entre conveniência e risco. O dinheiro físico não deve ser visto como investimento, mas sim como reserva de emergência temporária um recurso destinado apenas a situações excecionais. Deve ser guardado de modo discreto, protegido contra furtos e incêndios, e apenas acedido quando necessário.
Esta medida simples pode fazer uma grande diferença. Em muitos apagões ou falhas de rede, os comerciantes que continuaram a vender produtos básicos preferiram pagamentos em dinheiro e notas pequenas, precisamente porque não conseguiam dar troco adequado.
Apesar do crescimento dos pagamentos digitais e das carteiras eletrónicas, o uso do dinheiro físico ainda é predominante em grande parte da Europa. De acordo com o BCE, quase 60% dos europeus continuam a usar numerário diariamente, sobretudo em compras de pequeno valor.
Guardar uma pequena quantia em casa pode parecer um hábito antigo, mas continua a ter várias vantagens práticas no contexto atual. Em situações imprevistas, desde falhas de rede a greves bancárias, ter numerário pode ser a diferença entre agir com tranquilidade ou enfrentar limitações súbitas.Além de servir como reserva de emergência, o dinheiro físico ajuda a manter a noção real das despesas e a fomentar um maior controlo financeiro pessoal. Também promove a inclusão, beneficiando pessoas idosas ou com acesso limitado a tecnologia.
O Banco de Portugal é claro ao afirmar que esta medida não substitui a poupança bancária. As poupanças de médio e longo prazo devem permanecer em contas protegidas pelo Fundo de Garantia de Depósitos, que cobre até 100.000 euros por titular e instituição.
Ter dinheiro físico é uma complementaridade, não uma alternativa. Serve para garantir liquidez imediata em situações pontuais, mas não dispensa o planeamento financeiro, o controlo de despesas e o investimento responsável.
Não. É apenas uma recomendação de prudência do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu, destinada a garantir segurança em situações de crise.
As autoridades europeias sugerem 70 euros por adulto e 30 euros por criança, o suficiente para cobrir gastos essenciais durante cerca de três dias.
Num local discreto, protegido e de difícil acesso a terceiros. Evita locais previsíveis como gavetas, carteiras ou cofres visíveis.
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