O que é a inflação e como proteger o seu dinheiro?

24 Junho 2025 por António - 6 minutos de leitura

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Diminuição do poder de comprar em euros devido à inflação

A inflação é um fenómeno económico que afeta o custo de vida e o poder de compra de todos. Com o aumento generalizado dos preços, torna-se essencial compreender as suas causas, impactos e formas de proteção das poupanças. Neste artigo de As Tuas Ajudas, vais encontrar explicações claras e dicas úteis para lidar com a inflação no dia a dia.

O que é a inflação?

A inflação é o aumento generalizado e persistente dos preços dos bens e serviços numa economia ao longo do tempo. Isso significa que, gradualmente, o poder de compra do dinheiro diminui. Com o mesmo valor, as famílias conseguem adquirir menos produtos e serviços. Pode ser causada por diversos fatores, como o aumento da procura, custos de produção elevados ou desequilíbrios monetários.

Manter a inflação sob controlo é essencial para garantir a estabilidade económica. Taxas moderadas favorecem o crescimento, mas níveis muito altos ou negativos (deflação) podem prejudicar o consumo, o investimento e o emprego. Por isso, os bancos centrais, como o Banco Central Europeu, estabelecem metas — geralmente em torno dos 2% — para proteger o valor da moeda e promover a confiança na economia.

”Exemplo
Imagine que um litro de leite custava 1 euro no início do ano. Se, no final do ano, o mesmo litro custa 1,10 euros, houve uma inflação de 10%. Com os mesmos 10 euros, já não compra 10 litros, mas apenas 9. Isso representa uma perda real no poder de compra do consumidor.

Como se mede a inflação: o papel do IPC

A inflação é medida através da variação dos preços de um conjunto de bens e serviços representativos do consumo das famílias, usando-se para isso o Índice de Preços no Consumidor (IPC). O IPC reflete quanto os preços desses bens e serviços aumentaram ou diminuíram num determinado período. Este índice é calculado comparando os preços atuais com os preços registados num período de referência.

O IPC baseia-se num cabaz de compras típico, que inclui produtos como alimentação, vestuário, transportes, habitação, entre outros. Cada item tem um peso diferente no cálculo, conforme a sua importância no orçamento familiar. A taxa resulta da variação percentual do IPC entre dois períodos — por exemplo, entre um mês e o mesmo mês do ano anterior (inflação homóloga).

Tipos de inflação: do aumento moderado à hiperinflação

A inflação pode assumir diferentes formas, conforme a sua intensidade. A inflação moderada ou deslizante caracteriza-se por um aumento gradual dos preços, geralmente abaixo de 3% ao ano. Já a inflação trotante apresenta taxas entre 3% e 10%, começando a gerar impactos mais visíveis no poder de compra. Quando os preços sobem rapidamente e ultrapassam os 10%, estamos perante inflação galopante, que afeta fortemente a economia.

Atenção
Num cenário mais extremo, ocorre a hiperinflação, em que os preços aumentam a taxas superiores a 50% ao mês ou mais de 1.000% ao ano. Esta situação é rara, mas extremamente destrutiva, levando à perda quase total do valor da moeda e à instabilidade económica e social. Quanto mais intensa a inflação, mais difícil se torna controlá-la sem medidas drásticas.

Principais causas

A inflação resulta de desequilíbrios na economia que provocam aumentos generalizados e persistentes dos preços. As suas causas podem estar ligadas à procura, aos custos de produção ou a fatores externos.

Principais causas:

  • Aumento da procura agregada: quando a procura por bens e serviços cresce mais rapidamente do que a oferta disponível.
  • Redução da oferta: quebras na produção, desastres naturais, conflitos ou problemas nas cadeias de abastecimento reduzem a quantidade de bens disponíveis, pressionando os preços para cima.
  • Aumento dos custos de produção: subidas nos preços das matérias-primas, salários ou impostos levam as empresas a repassar esses custos aos consumidores.
  • Política monetária expansionista: a emissão excessiva de moeda pelos bancos centrais aumenta a liquidez na economia, elevando o consumo e, consequentemente, os preços.
  • Inflação importada: aumento dos preços dos produtos importados (como petróleo e gás) reflete-se diretamente nos preços internos.
  • Expectativas de inflação futura: se consumidores e empresas anteciparem aumentos de preços, podem ajustar salários, contratos e preços atuais, alimentando o ciclo inflacionista.
  • Desvalorização cambial: uma queda no valor da moeda nacional encarece os produtos importados, elevando os preços no mercado interno.

Consequências na sua carteira

A inflação reduz o poder de compra das pessoas, pois os preços sobem, mas os salários nem sempre acompanham esse ritmo. Isso dificulta o planeamento financeiro das famílias, que acabam por ajustar os seus gastos, cortando despesas ou adiando investimentos importantes.

Para a economia, a inflação gera incerteza e pode travar o crescimento. Empresas tornam-se mais cautelosas, adiando projetos devido à volatilidade dos preços. Além disso, a subida das taxas de juro, usada para controlar a inflação, encarece o crédito, afetando o consumo e os investimentos.

Na sua carteira, a inflação pode desvalorizar as poupanças, especialmente se a rentabilidade dos investimentos for inferior à subida dos preços. Também aumenta o custo de vida, obrigando a uma gestão mais rigorosa do orçamento familiar para manter o equilíbrio financeiro e preservar o poder de compra.

Como proteger as suas poupanças em tempos de inflação?

Proteger as poupanças durante a inflação é essencial para manter o poder de compra e evitar perdas financeiras. Algumas estratégias ajudam a minimizar os efeitos negativos da subida dos preços:

  • Diversifica os teus investimentos: Não coloques todo o dinheiro numa única aplicação. Distribuir os investimentos por vários ativos ajuda a reduzir o risco e a proteger o património.
  • Investe em ativos que rendam acima da inflação: Procura produtos financeiros cuja rentabilidade supere a taxa de inflação, para que o teu dinheiro não perca poder de compra.
  • Utiliza títulos indexados à inflação: Existem instrumentos financeiros que ajustam os juros pagos consoante a inflação, protegendo assim o valor real das poupanças.
  • Faz um orçamento familiar rigoroso: Controla cuidadosamente as tuas receitas e despesas para poderes ajustar o consumo e evitar gastos desnecessários face à subida dos preços.
  • Poupa de forma regular e planeada: Mesmo pequenos montantes poupados com regularidade podem ajudar a criar um fundo de emergência para enfrentar períodos de inflação elevada.
Outras perguntas frequentes

Sou António Pereira, especialista em ajudas financeiras, IRS e apoios sociais. Escrevo para quem precisa de orientação prática sobre benefícios e soluções económicas.


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